São Paulo terá que enfrentar consistentemente o problema da gestão dos seus recursos naturais de modo sustentável e racional.

Nesse contexto, uma ação eficaz de reconfiguração urbana de uma área extensa como a proposta no concurso de idéias para um novo bairro na Água Branca, só poderá ser desencadeada através de um planejamento infra-estrutural da região. Intervir nessa
escala, portanto, significa definir essencialmente o desenho dessa infra-estrutura urbana. Isto é, dar formas legíveis a uma ação estratégica do poder público.

Nessa reflexão por um outro modelo urbanístico, a associação entre as questões viárias e hídricas, em São Paulo, constituem-se mais uma vez em tema de projeto, desde que pautados por uma postura crítica
conseqüente.

A proposta de novas estações de trem nas linhas preexistentes desempenham esse papel estratégico enquanto locais de mediação de escalas, vínculos entre o sistema de mobilidade metropolitano e as localidades. Um sistema que contempla o transporte público de massa e não poluente.

Organizam-se em nosso projeto como pólos que recebem equipamentos públicos, serviços especiais e unidades de habitação de interesse social. Outra questão refere-se à definição dos espaços públicos. Os lugares historicamente consagrados pelo uso público mais intenso são aqueles situados em áreas de ampla acessibilidade e circulação, e por isso
atravessados por usos dinâmicos. Lugares que recuperam a rua como lugar por excelência de  animação e sociabilidade cotidiana.

Dessa convicção surgem os espaços de recreação e encontro nesse projeto que buscam a proximidade com os sistemas de circulação e com a água. Um modo de reinventar usos mais generosos da cidade, remetendo-se a um espaço de lazer mais do que consagrado no imaginário brasileiro: a praia urbana.

A praça de água resultante caracteriza tanto o sistema de espaços públicos do bairro, quanto o sistema técnica de drenagem, tratamento e reuso dos recursos hídricos.
Fruto do afloramento do lençol freático não comprometido ambientalmente, define uma marcação identitária na paisagem do bairro, referenciando-o espacialmente. Uma escritura de água no território da várzea. Técnica e simbólica. Rigorosa e cristalina

arquitetura

Fernando de Mello Franco

Marta Moreira

Milton Braga

 

colaboradores

Camila Toledo Fabrini

Guilherme Wisnik

Martin Corullon

Roberto Klein

 

colaboradores
Anja Kolher

Anna Ferrari

Márcia Terazaki

Flávio Rezende

Marina Acayaba

Marina Sabino

Sarah Feldman

Thiago Rolemberg

 

consultora urbanística

Sarah Feldman

 

consultora de tráfego e transportes

Silvana Rubino

 

consultor ambiental

José Eduardo Cavalcante

 

orçamento

Elisângela Castanheira

 

modelo eletrônico

Roberto Klein

 

área de urbanização

100 hectares