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equipamento público
2024
são paulo - sp
projeto - concurso

Implantar o Centro Administrativo do Governo do Estado de São Paulo (CASP) nos Campos Elíseos, com seus quase 400 mil metros quadrados, implica, antes de qualquer outra coisa, definir uma estratégia de projeto que promova um diálogo entre as novas construções e a cidade existente. “Cidade existente” entendida não apenas na dimensão física e objetiva do espaço, mas principalmente em sua dimensão simbólica, social, cultural, econômica e política.
A escala e a localização do CASP demandam uma reflexão cuidadosa sobre este aspecto da arquitetura, pois seu alcance ultrapassa os limites de uma intervenção pontual. Sua solução, dada a complexidade inerente, só poderá ser bem-sucedida se decidida a partir de um amplo debate público e entendemos o estudo preliminar aqui apresentado como, antes de qualquer outra coisa, mais uma voz na necessária discussão.
Eis o desafio do nosso projeto: conceber uma estratégia de intervenção capaz de responder de maneira eficiente, econômica e ambientalmente responsável aos desafios do programa específico, e, ao mesmo, tempo de se constituir como um sistema aberto aos ajustes que a construção coletiva do espaço demanda, à medida que o projeto se desenvolva no futuro.
Com suas contradições e suas potências, os Campos Elíseos representam um setor de importância ímpar para toda a cidade, exigindo do projeto um marcado caráter urbano. Nesse cenário, um único desejo estrutura nosso projeto: afastá-lo deliberadamente de toda pretensão de monumentalidade, assumindo um caráter consoante e integrado na paisagem urbana, que valorize seu entorno, consolide os perfis edificados e deixe aberta a possibilidade de preservar, eventualmente, um maior número de edificações existentes.
Imaginamos um projeto capaz de “continuar um diálogo” entre a cidade construída e a cidade desejada, entre seus legados históricos e os desafios futuros que São Paulo enfrenta hoje. Para isso, o estudo preliminar estrutura-se em torno de cinco grandes assuntos:
- a construção do endereço / lugar (o Jardim Urbano como marco na cidade);
- a definição de uma morfologia urbana singular: edifícios-lâmina e edifícios-complemento;
- o chão espesso e a multiplicação do pavimento térreo;
- a horizontalidade como aspiração principal (flexibilidade e formas de amparar a “imprevisibilidade da vida”); e
- o edifício poroso e o desejo de habitar os espaços intermediários (varandas, escadas abertas, praças elevadas e passarelas).
arquitetura
Marta Moreira
Milton Braga
Maria João Figueiredo
Martin Benavidez
colaboradores
Americo Ranzini Fajardo
Rafael Migliatti
José Augusto Beltrami
Gabriela Takase
Victoria Bonetti
Stefania Casarin
Camila Giuffrida
Leandro Quintero
Mateo Goyeneche Faya
Alen Gomez
Agustin Fiorito
Facundo Rasch
Imanol Cabezon
Nazareno Amici
engenharia civil
Rui Furtado
instalações hidráulicas
Paulo Silva
climatização e conforto térmico
Carlos Almeida
instalações elétricas e produção de energia elétrica fotovoltaica
Raul Serafim
segurança e combate a incêndios
Maria da Luz Santiago
demolições, escavação e contenção periférica
Rodrigo Andrade e Castro
instalações, equipamentos e sistemas de transporte pessoas e cargas
Rui Alves
acústica
Silvia Vilela

































































