escola fde f1-campinas
mmbb
equipamento público
2003
campinas - sp
construído

O projeto da escola fez parte de um grupo de 4 projetos pilotos desenvolvidos pela FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação – para definir o padrão e experimentar a aplicação de um sistema estrutural pré-fabricado.
Foi construída em um conjunto habitacional que está sendo implantado em Campinas pelo Governo do Estado de São Paulo.
O terreno localiza-se na entrada do conjunto, numa área reservada para a implantação de equipamentos públicos. Em frente a esta área, na direção em que se desenvolve o conjunto, ao sul, há uma praça, que completa o elenco dos espaços públicos previstos na urbanização.
A implantação da escola orientou as entradas de alunos e funcionários para a praça e localizou no outro lado do terreno, no norte, o pátio aberto.
Considerando a pequena idade dos estudantes – a escola é para o ensino fundamental de 1a a 4a série – a exigüidade do terreno e a economia de área construída recomendada pela FDE, o projeto definiu a quadra poliesportiva coberta como o centro do conjunto dos espaços que compõem o programa, construindo assim uma escola ampla e festiva. Aberto em todo o térreo e fechado por elementos vazados nas fachadas, este espaço central, arejado, não prende nem os alunos nem o som.
O térreo se desenvolve em torno da quadra sem divisões, preservando todo o terreno contínuo, do pátio aberto ensolarado do lado norte às entradas da escola no lado sul, organizadas pelo bloco administrativo. Do mesmo modo, nos andares superiores, os espaços de circulação e convívio também foram organizados ao redor do vazio da quadra, que estabelece assim a conexão do conjunto dos espaços da escola.
O sistema estrutural pré-fabricado de elementos de concreto armado e protendido foi concebido conjuntamente com as equipes dos demais projetos pilotos e com os consultores da FDE e foi definido como um sistema de vigas e pilares de seção retangular solidarizados “in loco” – padrão na indústria brasileira da construção civil.
Tirando partido da solidarização “in loco”, que faz com que a estrutura pré-fabricada tenha um comportamento de estrutura monolítica, e utilizando-se de fechamentos em alvenaria de blocos de concreto, técnica de construção usual que exige um mínimo de manutenção, foram previstos grandes panos contínuos de revestimento pintado sobre as alvenarias e estrutura, os quais, contrapostos ao ritmo dos elementos modulares próprios da construção pré-fabricada, conferem ao conjunto construído o desejado sentido de unidade.
arquitetura
Fernando de Mello Franco
Marta Moreira
Milton Braga
colaboradores
Eduardo Ferroni
Márcia Terazaki
Jaques Rordorf
Marina Sabino
Paula Cardoso
Renata Vieira
Thiago Rolemberg
fotografias
Nelson Kon
área construída
3.000,00 m²







































