O trabalho resulta da articulação entre duas esferas de investigação projetual. A primeira opera sobre a redefinção do paradigma da infraestrutura urbana. A segunda opera na construção de formas de imaginário popular atuantes sobre o uso do espaço.

Tecnicamente, busca alternativas de reconciliação da favela com as águas. A estratégia  é distinguir fluxos. Mantém na superfície do canal apenas o de base, acrescido de vazões de cheia controladas e compatíveis com a densidade do tecido urbano. O fluxo das grandes chuvas é direcionado para uma galeria extravasora. O córrego, uma vez reprogramado, se configura em uma das principais estruturas locais, potencializado por dinâmicas de uso que o resguarda de futuras invasões.

O projeto do canal, não mais visto apenas como produção de um artefato técnico, deixa-o aberto a inúmeras possibilidades de resignificação por parte da população. O intuito é promover a construção do domínio público. A estratégia é associar os espaços livres aos usos que a cultura da praia urbana nos evoca. Pois reconhecemos que, na praia, as formas expontâneas de negociação do uso do espaço tornam a coexistência ativa e desejável.

 

arquitetura

Fernando de Mello Franco

Marta Moreira

Milton Braga

 

colaboradores

Cecília Góes

Giovanni Meirelles

João Yamamoto

Maria João Figueiredo

Vito Macchione

 

equipe

Bruno Taiar

Eduardo Pompeo

Enrico Piras

Guilherme Pianca

Pauline Beaumont

Thiago Mendes

Lucas Vieira

 

paisagismo

Cristhian Werthmann

 

engenharia

Geométrica Engenharia de Projetos LTDA

 

consultoria ambiental

Byron Stygge

 

consultoria de engenharia florestal

Marcio Amaral Yamamoto